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49% dos empreendedores querem aumentar efetividade da força de vendas


Pesquisa da Grant Thornton revela que empresários querem aumentar produtividade, mesmo pessimistas


Para os próximos 12 meses, os empresários brasileiros querem efetivar algumas ações em prol do crescimento do negócio. E uma delas é aumentar a efetividade da força de vendas, estratégia que está no escopo de 49% deles, segundo o International Business Report, da Grant Thornton.

A pesquisa revelou que na lista apurada no segundo trimestre também estão o maior incentivo para a produtividade, estratégia buscada por 45% dos pesquisados, e contratação de mão de obra especializada, que está no escopo de 33% dos executivos.

Apenas 8% dos líderes brasileiros, contudo, esperam aumentar os salários dos funcionários acima da inflação em 12 meses, contra 9% do registrado para o trimestre anterior e 13% no mesmo período do ano passado.

Esse menor investimento é reflexo do baixo otimismo em relação à economia do País que registrou no segundo trimestre o pior índice histórico apurado pela Grant. No período, o grau de otimismo dos empresários brasileiros ficou negativo em 24%, bem abaixo da média global, que ficou positiva em 45%.

Em comparação com o trimestre anterior, houve queda de seis pontos percentuais. Na variação anual, o recuo foi maior, de 56 pontos percentuais.

Dentre os fatores que justificam o pessimismo do empresariado brasileiro para os próximos 12 meses, a incerteza econômica é o principal deles, segundo 65% dos consultados. Outros aspectos preocupam o brasileiro: para 57% dos líderes o alto custo da energia é o que mais deve dificultar o crescimento dos negócios este ano; e para 50%, é a queda no volume de encomendas que mais incomoda.

“No Brasil, a opinião dos empresários pesquisados espelha exatamente o momento econômico atual, agravado pela corrupção, pela inflação e a queda do consumo”, disse, em nota, Daniel Maranhão, managing partner das áreas de Auditoria, Tax e Advisory da Grant Thornton Brasil. “A pesquisa ajuda a dimensionar melhor a nossa situação, quando mostra que, em termos de otimismo econômico, estamos praticamente lado a lado com a Grécia, país que passa por grave situação financeira”, completa.

O estudo avalia o grau de otimismo de 2580 líderes de 36 nações e de diferentes setores para os próximos 12 meses. E o Brasil está no top 5 dos pessimistas, só perdendo para a Grécia, com índice de -38%, Estônia (-26%) e Armênia (-24%). O país mais otimista com a sua atual situação econômica é a Alemanha, com índice de 92% de otimismo entre o empresariado local.

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