A Exame.com reuniu 20 consultorias de recrutamento, que indicaram as carreiras e profissões mais promissoras. Dentre elas, existe um destaque para carreiras no mercado digital, que desde o ano passado chamam a atenção de profissionais que buscam uma mudança na carreira ou apostar suas fichas em um segmento diferente e inovador do mercado.
Listamos abaixo as profissões digitais que terão destaque. Confira:
O que faz: Gerencia os canais online da marca em consonância com a estratégia de vendas.Seu foco é a estratégia digital da empresa, como um todo.
Perfil: Formação em vendas ou marketing digital, além de experiência profissional em empresas ligadas à internet. “Ter realizado projetos na área passa a ser um diferencial mais relevante do que a própria formação acadêmica do candidato”, Igor Schultz, sócio da consultoria FLOW.
Por que está em alta: Segundo Lúcia Costa, diretora da STATO, a área será prioridade no planejamento de muitas empresas. “A era digital veio para ficar e ainda deverá evoluir muito”, explica. A internet será uma aliada indispensável para qualquer negócio que pretenda maximizar suas vendas.
“As varejistas estão investindo fortemente em estratégia digital. Apostando no crescimento das vendas on-line que, no primeiro semestre de 2016 alcançaram faturamento de R$ 19,6 bilhões, um crescimento nominal de 5,2% na comparação com o mesmo período no ano passado, segundo dados da Ebit”, diz Schultz, da FLOW.
O que faz: responsável por analisar o que está sendo falado nas mídias sociais sobre a organização e desenvolver ações nessas plataformas para que as organizações atinjam seus resultados.
Perfil: formação em comunicação, publicidade, marketing, administração. É um profissional que precisa estar ligado no que acontece na internet.
Por que está em alta: as mídias sociais são de fundamental importância para as organizações: podem ser aliadas ou muito perigosas para a reputação da empresa caso não sejam bem administradas, diz Rafael Pereira, da People Oriented.
Gestor de marketing Digital
O que faz: Cuida do planejamento de marketing e comunicação da empresa, além de promover campanhas digitais, lançamento de produtos e ações para posicionamento da marca em geral.
Perfil: Formação em administração ou publicidade e propaganda. É imprescindível ter inglês fluente e domínio dos conceitos e ferramentas de marketing digital.
Por que está em alta: Após um longo período de crise, com cortes de custos e redução dos investimentos, as empresas retomaram os planos e estão se preparando para uma fase de reaquecimento econômico, diz Rafael Souto, CEO da Produtive. Com isso, deverá haver mais recursos para o marketing — o que aponta para o ressurgimento do profissional da área na lista de prioridades das companhias, após um “sumiço” de mais de dois anos. Kamila Soares, da People Oriented, também indica esta carreira como promissora.
Growth hacker
O que faz: Busca estimular o crescimento de um negócio por meios inovadores. Na sua missão de alavancar resultados, interage com praticamente todas as áreas da empresa, do marketing às finanças.
Perfil: A formação acadêmica é bastante diversa: há profissionais com diploma em carreiras como administração, marketing e publicidade, mas também engenheiros com pós-graduação em negócios. O fundamental é que o indivíduo seja “inconformado” com as práticas atuais da empresa e tenha apetite por inovação.
Por que está em alta: “Com a explosão de startups e empresas 100% digitais, existe muita necessidade de alternativas inovadoras para acelerar o crescimento a partir de poucos recursos”, explica Felippe Virardi, gerente da divisão de marketing da Talenses. “O termo ‘growth hacker’, já usado no Vale do Silício, chega ao Brasil para descrever o profissional-chave para essa missão”.
Profissional da área de fintech
O que faz: Desenvolve tecnologias e parcerias com canais que tenham acesso a uma grande massa de clientes para vender produtos financeiros, tais como serviços de pagamentos, seguros e crédito de nicho.
Perfil: Formação em engenharia ou cursos voltados a tecnologia da informação (TI) para posições mais técnicas; administração ou economia para quem se concentra no comercial ou em parcerias. Contar com MBA em escolas de alto nível costuma ser um diferencial. Em posições iniciais, é importante ter forte espírito empreendedor, enquanto em cargos mais maduros se espera que o profissional consiga trabalhar em um ambiente com processos mais definidos.
Por que está em alta: As “fintechs” são uma tendência em expansão. Até grandes bancos já vêm obtendo sucesso com suas agências virtuais, e não faltam exemplos de seguradoras que desenvolvem iniciativas de vendas online. Profissionais especializados em meios de pagamento e mobilidade serão cada vez mais necessários para ajudar as empresas a conquistarem definitivamente esse universo, avalia Weinberger.
Chief Digital Officer (CDO)
O que faz: Garante que toda a empresa pense e aja “digitalmente”. Com base em conhecimentos de tecnologia, marketing e desenvolvimento de negócios, promove a melhor interação possível entre a companhia e seus públicos estratégicos em qualquer tipo de plataforma.
Perfil: Formação em administração, engenharia ou ciências da computação, com MBA em marketing. Também são desejáveis cursos de especialização em marketing digital e conhecimento prático de ferramentas de BI (Business Intelligence), CRM (Customer Relationship Management). Perfil empreendedor ou experiências empreendedoras anteriores também são aspectos bem-vindos.
Por que está em alta: Segundo Marcus Giorgi, sócio do Fesap Group, a digitalização dos processos nas empresas é indesviável. A tecnologia aparece como um caminho sem volta, seja como o núcleo de atuação da companhia, seja como uma área de suporte a vendas, marketing ou finanças. “O CDO é peça-chave para colocar a experiência do cliente como principal objetivo da companhia e, ao mesmo tempo, promover o uso interno de ferramentas digitais estratégicas”, explica.
Head de BI (Inteligência de Mercado) e Big Data
O que faz: gestão e análise de dados com o objetivo de garantir mais eficiência e rentabilidade, e também obter insights que contribuam com a expansão do negócio.
Perfil: “Para esta posição, ainda relativamente nova no mercado, as empresas priorizam candidatos que tenham comprovada experiência na liderança de projetos que envolvem BI e Big Data”, diz Igor Schultz, sócio da consultoria FLOW. De acordo com ele, mas do que tecnologia as empresas precisam de pessoas com habilidades para perceber oportunidades a partir da disponibilidade e uso das informações.
Por que está em alta: “levantamento das consultorias Capgemini e EMC mostra que 65% das empresas acreditam que a falta de investimentos em Big Data e a demora em incorporar novas soluções de análise de dados podem afetar a competitividade”, diz Schultz.
Analista/ gerente/ consultor de BI (Business Intelligence)
O que faz: A partir de dados internos e externos, quantifica os mercados que podem se interessar pelos produtos e serviços da empresa. Sua função é mapear territórios e segmentar clientes de acordo com a estratégia comercial da companhia.
Perfil: Formação em matemática, engenharia, economia ou administração, com especialização em marketing digital e cursos técnicos nas ferramentas de BI mais usadas no mercado. É importante ter domínio completo de programas como o Excel.
Por que está em alta: As empresas precisam cada vez mais de dados internos e externos para tomar decisões estratégicas. Segundo Marcus Giorgi, sócio do Fesap Group, muitas oportunidades de negócios podem estar “hibernadas” no banco de dados. Contar com alguém para identificar esse potencial é a chave para crescer. A posição também é destacada por Lúcia Costa, diretora da consultoria STATO. Rafael Pereira, da People Oriented, e Celia Spangher, da Maxim Consultores, também aponta a área de BI como promissora, sobretudo, para gerentes e gestores. Marcelo Vianna e Antonio Loureiro, sócios-fundadores da Conquest One, apostam na alta pela procura de consultores de BI.
O que faz: programação em diversas linguagens (java, php, c#, javascript, etc.) para plataformas de celular e web, em geral.
Perfil: profissionais ligados a tecnologia são mais comuns. “Pela recente difusão de TI, é possível encontrar profissionais que aprenderam sozinhos a programar, mas que possuem formação em outras áreas”, diz Marcelo Braga, sócio da Reachr
Por que está em alta: é um mercado novo e com poucos cursos de formação especializada, no Brasil. Segundo a equipe da consultoria Page Personnel, muitos profissionais que trabalham por aqui com mobile, por exemplo, migraram de áreas correlatas ou aprenderam na prática. Por isso, a consultoria aponta que profissionais om mais de 2 anos de experiência ou cursos especializados na área se destacam.
“A tecnologia que usamos hoje ainda nem chegou perto do que estaremos utilizando em 10 anos. Há muito a transformar. Um mundo muito mais digital está por vir e estes profissionais estão diretamente ligados a esta revolução”, diz Braga, da Reachr. As consultorias Conquest One e também destacam a procura por desenvolvedores.
Especialista em UX (experiência do usuário)
O que faz: seu foco é a toda a experiência do usuário ao consumir/interagir com a empresa em ambiente virtual ou não. Seu objetivo é melhorar o relacionamento da empresa com o consumidor.
Perfil: a formação acadêmica varia entre cursos de exatas e humanas. Segundo a consultoria Michael Page, que aponta a carreira como promissora, é importante que o profissional tenha experiência diversificada desde de pesquisa de mercado, comunicação, tecnologia, análise de dados, e principalmente, esteja 100% atento às tendências e novidades.
Por que está em alta: no mundo digital, espaços físicos e virtuais convergem e as empresas precisam entender qual a melhor maneira para interagir com clientes. As consultorias Michael Page e Conquest One apontam para a alta na demanda por esses profissionais.
Especialista em UI (interface do usuário)
O que faz: Enquanto o profissional de UX pensa no caminho que o cliente vai trilhar dentro da experiência, o especialista em UI é responsável por como será o desenho virtual e físico desta interação. Ambientação, cores, formatos: o especialista em UI vai buscar o que mais deve atrair o usuário.
Perfil: formação nas áreas de design, arquitetura, comunicação, e com amplo conhecimento de tecnologia como ferramenta gráfica.
Por que está em alta: Segundo a Michael Page, esse profissional trabalha em conjunto com o especialista em UX. Para que o trabalho seja efetivo, as empresas contratam a dupla.
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