Basta você pontuar o símbolo da cerquilha # no início e bem junto a uma palavra ou frase e publicá-la nos inúmeros sites de mídias sociais para criar uma hashtag (pronuncia-se rechitegui).
Com isso, ela entra no universo da indexação dos programas de buscas desses sites e deixa de ser uma palavra/frase solta e perdida na web para se tornar um tipo de palavra-chave, que poderá conforme as circunstâncias, se transformar numa referência semântica para linkar diversas citações de um tema em comum numa mesma página de resultado de pesquisa.
Sabiamente, o Twitter resolveu criar mecanismos de quantificação dessas palavras junto aos programas de resultado de busca e de indexação gerando uma página-ranking dentro de seu site. E melhor: deu a ela um belo nome atrelado a um conceito. Assim surgiu o trending topic.
Com ele, é possível contabilizar os assuntos mais falados ao longo do dia, o que se mostrou uma ótima sacada de marketing por anos. Hoje, no entanto, ela já tem seu apelo levemente desgastado.
IRC seria o precursor
Mas apesar de ter firmado a fama no Twitter, essa função da cerquilha surgiu bem antes desse site entrar no ar.
Segundo o jornalista Felipe Ventura, no site Giz Modo Brasil, a inspiração para usar a cerquilha com esse fim veio do IRC (Internet Relay Chat, programa no qual o usuário registrava seu apelido, encontrava pessoas mundo afora e criava sua própria sala de bate-papo). “Nele, você inicia a mensagem com #nomedocanal para dizer que ela pertence a certo grupo ou assunto”, explica o jornalista.
Há também notícias de que o site Jaiku (hoje extinto) permitia criar canais a partir do momento em que você digitasse a palavra/frase com uma cerquilha + nomedocanal. Cada canal reunia mensagens com conteúdo semelhante.
Quando virou uma febre
Mas o boom aconteceria mesmo entre 2007 e 2009. Isso, como retrata Felipe Ventura, aconteceria por causa do expert em TI Chris Messina, que começou a adotar o # para essa finalidade no twitter tendo muito êxito. Para completar, o consagrado blogueiro Stowe Boyd comentou a solução de Messina em seu site (http://stoweboyd.com/about) em um post chamado “Hashtags = Grupos para o Twitter”.
Daí por diante a tática de Messina ganhou novos adeptos. “À medida que o Twitter se tornava mais popular, inclusive na mídia, as hashtags ganhavam espaço e começavam a ser usadas mesmo fora da rede social: era uma forma de acrescentar contexto, humor ou ironia a mensagens de chat, e-mails, SMS e outras”, comenta Felipe Ventura.
E são várias as hashtags que deram o que falar. Entre as mais usuais e polêmicas estão #prontofalei muito bem usada pelo professor da ComSchool, Edney Souza, o “InterNey”, que tem um curso na instituição, indicando as melhores tendências das redes sociais. São usuais também a #calabocagalvao e a #vaitercopa entre tantas outras.
Prática e divertida, não demorou muito para que sua aparição tornasse popular não só no Twitter. Há tempos outras redes sociais, como Tumblr, LinkedIn, Pinterest, Instagram, Orkut e Facebook, se renderam a ela. Portanto, dá-lhe hashtags.
Fonte:
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-ea-origem-do-jogodavelha
http://gizmodo.uol.com.br/historia-hashtag/
http://www.ircbrasil.org/site/?p=4
http://static.googleusercontent.com/media/www.google.com/pt-BR//intl/pt-BR/insidesearch/howsearchworks/assets/searchInfographic.pdf
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